segunda-feira, 25 de julho de 2011

Linha de transporte de mercadorias em vez de TGV

Álvaro Santos Pereira defende linha de transporte de mercadorias em vez de TGV

Temos (tenho) de ser justos, apesar da desconfiança relativamente a este governo  e essencialmente às suas opções politicas.
E esta é uma medida que defendo faz muito tempo, já que para o desenvolvimento económico de um país é cada vez mais importante o transporte de mercadorias perdendo importância relativa o transporte de pessoas já que com as linhas aéreas de low cost os comboios, mesmo os de alta velocidade terão dificuldades sérias de competitividade, já que estaremos a reduzir a população alvo de um TGV a um nicho de mercado bastante restrito e com bastantes dificuldades em ser lucrativo e mesmo auto-sustentável.

O ideal seria conjugar a alta velocidade e as mercadorias (na medida do possível), sendo que não estamos em momento de investir apenas em soluções ideais e a linha de mercadorias já traduziria um acréscimo de competitividade de monta.
Não esquecer também é que esta deve ser uma solução integrada e sendo assim deve contemplar ligações aos principais portos e aeroportos nacionais, como já acontece no Porto de Aveiro, e contemplar as inevitáveis ligações rodoviárias o que tendo em conta a qualidade destas não se deve traduzir em investimentos de monta.

Grande celebração do 1º mês do novo Governo!

Ler o original AQUI

Ah, que alívio, que alegria, voltarmos a ver o nosso querido Presidente da República todo sorridente, todo babadinho, ao receber o Primeiro-Ministro no Palácio de Belém, esse reduto inexpugnável da gente séria. Ah, como este desamparado país estava carente dessa harmonia e cordialidade, dessa elevação. É que nada consegue ultrapassar os magníficos exemplos que a gente séria tem para dar ao povoléu desde que a dita esteja rodeada também por gente séria e não pela escumalha dos mentirosos. Os mentirosos, ainda por cima, e só para piorar o que já era mau, não têm transparência. Não têm porque estão sujos e são sujos. E são ratos. E são porcos. Pode um porco ser transparente? Nunca, nem mesmo se transformado em fiambre para ser exaustivamente fatiado até ficar finíssimo. O porco é um animal muito opaco, muito diferente da gente séria.
O novo Governo atingiu na sexta-feira o seu 1º mês em funções. Não será exagero dizer que o País, apenas 30 dias passados sob a iluminada e virtuosa direcção da gente séria, está irreconhecível tantas as radicais alterações introduzidas. Agora, já temos um Chefe de Estado que sabe do que se passa na Europa, por exemplo, tendo acabado a asfixia democrática que o impedia de ter acesso às notícias vindas do estrangeiro. Temos autarcas que passaram a aceitar portagens onde antes prometiam barricadas, outro exemplo de conversão súbita e milagrosa. E chegámos ao ponto de ver o início da operação que vai conduzir ao anúncio de que o TGV não irá parar porra nenhuma, vai é continuar e acelerar que o dinheirinho não é para desperdiçar.
Celebrando este momento de salvação nacional pela gente séria, queremos saber qual é a obra do Governo que melhor representa a sua essência e espírito. Ajuda-nos a descobrir.

sábado, 23 de julho de 2011

Amy Winehouse - Rehab - RIP

E se ela tivesse dito que sim?

Alguma vez prestaram atenção à letra?




Como muitos dos maiores artistas da história, Amy deixa-nos demasiado cedo
Como em tantos deles deixa-nos uma lição
Cuidado com as drogas e com o alcool.

Obrigado pelas poucas, mas muito boas canções!!
Descansa, finalmente, em paz

loiro, olhos azuis, 1,90m, atlético, Cristão e uma Ilha paradisiaca

loiro, olhos azuis, 1,90m, atlético, Cristão e uma Ilha paradisíaca

Bem que estas podiam ser as características ideais e que qualquer mulher poderia sonhar para umas férias de sonho com o homem ideal.



Mas contrariando todas as expectativas, são estas as características do autor do maior atentado dos últimos tempos. O nº de mortos é ainda desconhecido, mas aproxima-se rapidamente da centena de vitimas e com tendência para ainda crescer.

Ao contrário do que muitas vezes tomamos como garantido como sendo o perfil de terroristas este não é Africano e muito menos árabe. Não é de cor negra, nem mulato, nem tem qualquer traço de fisionomia associado a Árabes, Africanos, Sul Americanos nem a qualquer outro dos considerados grupos problemáticos, quer sejam de natureza racial, étnica ou religiosa.

Este terrorista é oriundo de um dos países mais pacifistas do mundo e pode mesmo ter um ar considerado angelical e a caminho do que muitos(as) consideram como ideal.

Está na hora de deixarmos alguns preconceitos de lado, uma vez que as ameaças podem vir de todo o lado, mas podem não vir de onde à partida seria mais óbvio e se permitirmos que aos grupos considerados perigosos ou de alto-risco talvez eles nos provem que o não são tanto assim.

Apenas um ponto em comum à grande maioria dos atentados a que temos assistido: Fundamentalismo Religioso.

E é com isto que nos devemos de preocupar, independentemente da religião, mas nem este deve ser tomado como factor único gerador de problemas.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

A (in)consistência de Passos - parte II

Tal como havia referido aqui,iria chegar o momento em que o COLOSSAL desvio orçamental iria deixar de ser COLOSSAL, o que eu não estava à espera é que ele deixasse de existir na sua essência, mas ao que parece eu ainda tinha mais razão do que estava à espera. Carrega Passos...

Penso que está na hora de recordar uma musiquinha que me alegrou durante a campanha eleitoral

"Dou saltos prá frente, dou saltos pra trás
Eu sou um coelhinho de que tudo sou capaz..."





Já para não falar dos impostos que não iam aumentar...

E agora dos amigos que não iam ter privilégiosa.
Coincidência será que o conselheiro do nosso estimado Primeiro Ministro, Dr. Nogueira Leite ter sido de forma inesperada nomeado administrador da CGD.
"No jobs for the boys" lembram-se?

Tenho para mim que este título vai ter muitas sequelas...

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Clicks em Dornelas do Zêzere

Dornelas do Zêzere
Temos grandes paisagens no nosso país
Dornelas do Zêzere

Dornelas do Zêzere



Modo automático

Um Sábado por Dornelas do Zêzere
Esta foto não foi tirada por mim ;)
Esta miúda sabe dançar

Se eles se dão bem porque não o poderemos fazer nós?!!!
Foto tirada em minha casa

terça-feira, 19 de julho de 2011

Subsidio de Natal

Afinal como vai ser?
Como vai ser calculado exactamente?!!
Com o que podemos contar?!!


Dúvidas surgem aqui e com duvidas fico eu sem saber com que contar exactamente.

Esclarecimentos e definição das medidas solicitam-se...

segunda-feira, 18 de julho de 2011

A (in)consistência de Passos

bruxelas-espera-pela-troika-para-comentar-desvio-de-2-mil-milhoes

Ainda Passos não tinha montado governo e já anunciava um desvio orçamental de 2 mil milhões de Euros, passados uns dias o referido desvio caiu para cerca de 1 mil milhões. Número em que não consegui acreditar já que com pouco tempo de intervalo esse desvio afinal já era colossal e muitos comentadores se apressaram a comentar que iríamos necessitar de um 2º empréstimo no final de 2013 e que contra tudo o que haviam dito afinal as agências de rating tinham de facto razão em nos terem colocado no nível de lixo e mais uma vez ficámos sobressaltados.

Entretanto, felizmente, aparece no enredo da história o Sr. Ministro das Finanças que esclarece que colossal era o trabalho que iríamos ter para manter Portugal no caminho traçado o que a todos nos deixou mais tranquilo uma vez que disso já todos temos ou tínhamos consciência.

Ao mesmo que nos descansa o Sr. Vítor Gaspar explica a forma como nos vai deixar a todos com menos uns trocos no bolso por alturas do Natal. Como habitual os cidadãos deste país aceitaram as medidas sem grandes sobressaltos sociais até que nos últimos dias se tem vindo a discutir mais e mais a não contribuição das empresas para o esforço nacional. Pelo contrário, a estas até se prevê uma redução forte de impostos relativos ao trabalho. Juntando dois e dois dá que as pessoas ficam com menos dinheiro, as empresas com mais e é altura de Carvalho da Silva entrar em acção e começar a organizar umas manifestações.

Estando o povo a começar a ficar descontente foi altura de voltar a meter o desvio em 2 mil milhões e assim ter de aceitar que pelo menos as pessoas terão de contribuir com o seu esforço nacional.

Pessoas não, contribuintes individuais (peço desculpa).

E assim fico de repente saudoso dos tempos de Sócrates onde apenas quem tinha bons rendimentos era afectado pelo cortes e agora ao que parece todos ficam a perder, mesmo quem ganha apenas 500€/mês.

Uma vez que o aumento de impostos já chegou ficámos à espera da redução de despesa por parte do Estado e é então que Assunção Cristas dispensa os funcionários do seu ministério de usar gravata, aumentar a temperatura ambiente e assim poupar uns 10 mil Euros até ao fim do ano.

Ao menos o ambiente agradece...

sábado, 16 de julho de 2011

clicks

Noites no Casino e um elenco sempre atento

Noites no casino - Visto por cima


Leiria - Castelo

Leiria - Castelo

Leiria - Uma panorâmica nocturna

E a Lua que teima em jogar às escondidas

Uma grande lua iluminada pelo Sol poente

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Somos todos alemães - Dinheiro Vivo

 Aproveito para Partilhar um texto de Paulo Ferreira que pode ser encontrado em  Somos todos alemães

E aí temos a Europa encurralada, deixada perante uma única saída para tentar resolver a crise das dívidas soberanas e salvar o euro: garantir de uma forma firme que é solidária pelos pagamentos dos compromissos dos países enrascados.Até aqui, tentaram-se outras vias. Ineficazes, como agora se pode concluir, mas que eram racionais.
A primeira foi o empréstimo a quem já não conseguia financiar-se nos mercados em condições praticáveis. A ajuda a que recorreram a Grécia, Irlanda e Portugal foi negociada a taxas de juro (na casa dos 5%) elevadas para os padrões pré-crise. Usura? Agiotagem? Não. Esses juros são muito mais baratos do que o mercado já exigia e há uma regra sagrada que não deve ser esquecida: não beneficiar o infractor, sob pena de ele continuar a sê-lo. E por muito que nos custe, os infractores foram os países que não quiseram ou não souberam cuidar das suas finanças e da sua competitividade (Portugal e a Grécia) ou regular os seus bancos (Irlanda).
Imagine, caro leitor, que Portugal e a Grécia sabiam que tinham eternamente dinheiro garantido a taxas de juro alemãs, independentemente dos défices orçamentais e das dívidas externas que fossem acumulando. Acha que se dispunham a mudar de vida e a fazer as reformas necessárias para quebrarem os ciclos viciosos em que se meteram? Realisticamente, não. Além disso, convém nunca esquecer que os euros da Alemanha, da Holanda ou da Áustria não nascem em árvores nesses países ricos. Eles são pagos aos seus Estados por contribuintes como nós que podem legitimamente estar indisponíveis para suportar indisciplinas alheias.
A segunda via, que ainda vive nas intenções do Eurogrupo, é passar uma parte da factura para os privados que emprestaram dinheiro aos países. Isso tem também uma forte racionalidade. Até aqui, a factura tem sido suportada exclusivamente pelos cidadãos dos países em dificuldades, que são obrigados a pagar mais impostos, que perdem o emprego ou uma parte do salário ou de apoios sociais. Mas nenhum investidor desconhece que os mercados têm risco, o que pode significar que não se recebe integralmente aquilo que se investiu quando as coisas correm mal. A partilha do “buraco” com os financiadores privados (sobretudo bancos e fundos de investimento, na larga maioria europeus) faz, por isso, todo o sentido.
Mas a isto, os investidores reagem de forma igualmente racional, fazendo subir os juros (mais risco exige sempre mais retorno) ou recusando emprestar dinheiro a quem pode não pagá-lo de volta. E as agências de rating, seguindo o mesmo princípio, baixam as notas, sinalizando que o risco de emprestar a esses países é agora mais elevado.
E se esta fórmula está a ser preparada para a Grécia, também será muito provavelmente aplicada a Portugal, à Irlanda e a todos os que, no futuro, se vejam impossibilitados de pagar as dívidas. A Itália, talvez. A Espanha, quem sabe?
Não houvesse União Económica e Monetária e cada país estaria por si. Mas no euro estão coisas demasiado importantes em jogo para serem deixadas à velha racionalidade financeira.
Tudo indica que os países do euro terão mesmo que se responsabilizar mutuamente pelo pagamento das dívidas de todos para sossegar os mercados - leia-se, a Alemanha e os bem comportados têm que ser fiadores das dívidas dos outros. Se é com eurobonds, através de empréstimos do Banco Europeu de Investimento ou recorrendo a outros instrumentos mais criativos é uma questão de detalhe.
E porque não há, nem deve haver, almoços grátis, esta fórmula vai exigir que cada país dê garantias inequívocas e invioláveis de que passa a portar-se bem. Como? Não se sabe. Mas isso já não será uma questão de detalhe. Estamos, portanto, obrigados a tornar-nos mais alemães. Nos juros e na disciplina.
Jornalista e editor de Economia da RTP
Escreve à quinta-feira


quinta-feira, 14 de julho de 2011

ONDE ESTÃO OS MEUS VELHOS AMIGOS?

Bancos OK ou KO?

Cada vez mais as agências de notação (ou rating) estão descredibilizadas por terras Europeias.

Pessoalmente prefiro ver as coisas ponto a ponto e por estes dias intrigo-me com os ratings dos bancos.
É que se o rating da Républica Portuguesa até pode estar tecnicamente próximo do nível correcto, o dos bancos para mim deixa de ter explicação a partir do momento em que os principais bancos nacionais tiveram nota positiva nos testes de stress não se justifica do meu ponto de vista a classificação de "lixo".

De recordar que os testes de stress mostram entre outras coisas a capacidade de os bancos cumprirem com as suas obrigações tendo já em conta o estado económico e as medidas de austeridade tomadas por ex.. Ora se não existe risco de incumprimento será que se justifica o nível de lixo atribuído aos principais bancos nacionais?

Quanto ao nível de lixo atribuído a Portugal, apesar de não concordar com ele são aceitáveis os pressupostos técnicos que serviram de base a esta reavaliação. Ao contrário do que alguns referem o nível de "lixo" não significa que o país vai incumprir ou que "não vale nada", mas sim não é aconselhável adquirir títulos de divida nacionais. E tendo em conta que se fala de re-estruturar a divida nacional é natural que não se aconselhe a compra de Títulos de Portugal, no entanto tenho para mim que o nível correcto seria o último antes de lixo (como classificado por Fitch e Standard & Poors) e não a classificação dada pela Moodys.

Resumindo os bancos ainda estão ok apesar de classificados como KO e Portugal está sub-avaliado, apesar de esta classificação poder vir a ser correcta dentro de 2 anos aproximadamente.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Obrigado Sr. Ministro


Por: João César das Neves
http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1903559&seccao=Jo%E3o%20C%E9sar%20das%20Neves&tag=Opini%E3o%20-%20Em%20Foco&page=-1

Há dias um pobre pediu-me esmola. Depois, encorajado pela minha generosidade e esperançoso na minha gravata, perguntou se eu fazia o favor de entregar uma carta ao senhor ministro. Perguntei-lhe qual ministro e ele, depois de pensar um pouco, acabou por dizer que era ao ministro que o andava a ajudar. O texto é este:
"Senhor ministro, queria pedir-lhe uma grande ajuda: veja lá se deixa de me ajudar. Não me conhece, mas tenho 72 anos, fui pobre e trabalhei toda a vida. Vivia até há uns meses num lar com a minha magra reforma. Tudo ia quase bem, até o senhor me querer ajudar.
Há dois anos vierem uns inspectores ao lar. Disseram que eram de uma coisa chamada Azai. Não sei o que seja. O que sei é que destruíram a marmelada oferecida pelos vizinhos e levaram frangos e doces dados como esmola. Até os pastelinhos da senhora Francisca, de que eu gostava tanto, foram deitados fora. Falei com um deles, e ele disse-me que tudo era para nosso bem, porque aqueles produtos, que não estavam devidamente embalados, etiquetados e refrigerados, podiam criar graves problemas sanitários e alimentares. Não percebi nada e perguntei-lhe se achava bem roubar a comida dos pobres. Ele ficou calado e acabou por dizer que seguia ordens. Fiquei então a saber que a culpa era sua e decidi escrever-lhe. Nessa noite todos nós ali passámos fome, felizmente sem problemas sanitários e alimentares graves.
Ah! É verdade. Os tais fiscais exigiram obras caras na cozinha e noutros locais. O senhor director falou em fechar tudo e pôr-nos na rua, mas lá conseguiu uns dinheiritos e tudo voltou ao normal. Como os inspectores não regressaram e os vizinhos continuaram a dar-nos marmelada, frangos e até, de vez em quando, os belos pastéis da tia Francisca, esqueci-me de lhe escrever. Até há seis meses, quando destruíram tudo.
Estes não eram da Azai. Como lhe queria escrever, procurei saber tudo certinho. Disseram-me que vinham do Instituto da Segurança Social. Descobriram que estava tudo mal no lar. O gabinete da direcção tinha menos de 12 m2 e na instalação sanitária do refeitório faltava a bancada com dois lavatórios apoiados sobre poleias e sanita com apoios laterais. Os homens andaram com fitas métricas em todas as janelas e portas e abanaram a cabeça muitas vezes. Havia também um problema qualquer com o sabonete, que devia ser líquido.
Enfureceram-se por existirem quartos com três camas, várias casas de banho sem bidé e na área destinada ao duche de pavimento (ligeiramente inferior a 1,5 m x 1,5 m) não estivesse um sistema que permita tanto o posicionamento como o rebatimento de banco para banho de ajuda (uma coisa que nem sei o que seja). Em resumo, o lar era uma desgraça e tinha de fechar.
Ultimamente pensei pedir aos senhores fiscais para virem à barraca onde vivo desde então, medir as janelas e ver as instalações sanitárias (que não há!). Mas tenho medo que ma fechem, e então é que fico mesmo a dormir na rua.
Mas há esperança. Fui ontem, depois da missa, visitar o lar novo que o senhor prior aqui da freguesia está a inaugurar, e onde talvez tenha lugar. Fiquei espantado com as instalações. Não sei o que é um hotel de luxo, porque nunca vi nenhum, mas é assim que o imagino. Perguntei ao padre por que razão era tudo tão grande e tão caro. Afinal, se fosse um bocadinho mais apertado, podia ajudar mais gente. Ele respondeu que tinha apenas cumprido as exigências da lei (mais uma vez tem a ver consigo, senhor ministro). Aliás o prior confessou que não tinha conseguido fazer mesmo tudo, porque não havia dinheiro, e contava com a distracção ou benevolência dos inspectores para lhe aprovarem o lar. Se não, lá ficamos nós mais uns tempos nas barracas.
Senhor ministro, acredito que tenha excelentes intenções e faça isto por bem. Como não sabe o que é a pobreza, julga que as exigências melhoram as coisas. Mas a única coisa que estas leis e fiscalizações conseguem é criar desigualdades dentro da miséria. Porque não se preocupam com as casas dos pobres, só com as que ajudam os pobres."
FIM

E acrescento eu:

Agora temos um bom lar, mas falta o dinheiro para o pagar.

Um bocadinho de mais bom senso por vezes não fazia mal nenhum.Não devemos nestes casos culpar directamente ministros, mas sim as autoridades e a forma como exercem os seus poderes.

Da comunicação para o parlamento/governo

As bases de recrutamento politicas estão a alargar-se cada vez mais a novos meios e estão a "roubar" profissionais e amadores aos meios de Comunicação.

O caso mais mediático tem sido o de Bernardo Bairrão que de Director da Media Capital quase que era empossado Secretário de Estado o que na verdade poderia ser problemático dado o choque de interesses entre a Media Capital e uma possível Privatização da RTP. De referir que a privatização de um ou de vários canais da RTP iria levar a que, de forma indirecta, a Media Capital e a TVI vissem reduzir de forma abrupta as suas receitas com publicidade.

O que passou ao lado de muitos é que Bernardo Bairrão já teve os seus dias de glória tendo estado no top de visualizações no youtube faz ainda pouco tempo.


sexta-feira, 8 de julho de 2011

Vamos mandar lixo para a Moody's ??!!



A 5 de Julho de 2011, a Moody's considerou Portugal "LIXO".

Na sequência disso, Pedro & Hugo, uma dupla de criativos aproveitou um tempo livre entre o seu trabalho na BBDO e mandou uma carta para a sede da Moody's em Nova Iorque. Uma carta com um pedaço de Portugal como ele é visto pela Moody's.

Só para que saibam que estamos a trabalhar para elevar o nosso rating.

Experimente fazer o mesmo.

(Grande acção de Marketing)

quarta-feira, 6 de julho de 2011

As agências de rating e uma desconfiança de longa data...

Faz por esta altura mais ou menos 15 meses que ousei mostrar a minha posição contra as agências de rating e a sua preponderância no sistema financeiro actual numa aula de Gestão e Avaliação de Risco.

Na altura professora e colegas ficaram indignados com a minha posição e mesmo incomodados com as minhas afirmações sobre o pretexto de que as agências de rating eram o garante de um sistema financeiro justo, honesto e sustentável.

Hoje, ao recordar a situação, medito sobre se essa aula teria decorrido da mesma forma face aos acontecimentos recentes!!

A verdade é que desde o inicio desta escalada negativa do rating da Republica Portuguesa que tive bastantes dúvidas relativamente aos critérios utilizados. Essas duvidas avolumaram-se na semana em que estes mesmos ratings foram revistos em baixa em 3 dias quase consecutivos e quanto ao que se passou no dia de ontem apenas consigo ter uma palavra: Inenarrável.

É incrível como não existindo alterações de monta nos ultimos meses alguém teve coragem de descer o NOSSO rating em 4 níveis.

QUATRO NÍVEIS

Quando pessoalmente até esperava uma subida de rating.

É certo que estamos em clima de ligeira recessão económica, mas as nossas exportações até tiveram bons resultados nos primeiros meses do ano, a taxa de desemprego apesar de preocupante não é ainda insustentável e concorde-se ou não com o governo que temos este tem-se mostrado aberto a realizar algumas reformas importantes contando com a oposição/apoio silenciosos do maior partido da oposição.

Face a isto esperava um sinal de confiança e não de desconfiança.

Pessoalmente continuo a acreditar no nosso país e face às importantes reformas realizadas nos últimos anos e ao acordo estabelecido penso que teremos margem para voltar a bom rumo.

Penso eu
Eu que apenas vivo neste país e não me limito a olhar para nºs ou noticias de telejornal.